Brasil tem o maior mercado gamer da América Latina

Mercado de jogos movimentou cerca de R$ 5,6 bilhões só em 2018

 

Se até algum pouco tempo atrás, videogame era considerado coisa de adolescente, nos últimos anos, o chamado “mercado gamer” tem se tornado, cada vez mais, coisa séria. Seja pra jogar no conforto da sua poltrona, sentado na frente do computador ou, ainda, em qualquer lugar com seu smartphone, os jogos virtuais fazem parte da rotina de muitos brasileiros.

 

E não, necessariamente, como pura diversão. Para além do entretenimento, os games já podem ser considerados como trabalho para muita gente que escolheu por profissão ser jogador profissional.

Mercado gamer no Brasil

Quem pensa que jogar videogame não dá dinheiro está, absolutamente, equivocado. Em junho de 2019, por exemplo, dois garotos de 16 anos ganharam 3 milhões de dólares, o equivalente, a mais ou menos, R$ 11,3 milhões, em um campeonato do jogo Fortnite.

 

Daí, é possível dimensionar a riqueza que esse mercado movimenta em todo o mundo. Em 2018, por exemplo, o mercado de games movimentou, aproximadamente, R$ 5,6 bilhões no Brasil, de acordo com dados da consultoria Newzoo.

 

A mesma pesquisa contabilizou a existência de cerca de 75,7 milhões de jogadores no país. Sendo assim, no ranking mundial, o Brasil aparece como 13º maior mercado na área, além de estar na dianteira entre os países latino-americanos.

 

Para chegar a esse resultado, a pesquisa utilizou dados de 62 mil pessoas de 30 países em todo o mundo. O número é referente ao faturamento anual de cada país no setor de jogos, sendo que o Brasil teve uma receita de 1,6 bilhão de dólares.

 

No mercado de trabalho, por sua vez, tais números têm ainda mais impacto. Isso porque houve um aumento de 164% no número de desenvolvedores de jogos, de 2014, quando foi realizado o primeiro censo, até 2018. A maioria dessas empresas está localizada no Sudeste, a exemplo do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

 

O empresário Marcelo Tavares, organizador da Brasil Game Show, no entanto, propõe que esses números sejam ainda maiores, já que acredita que tenhamos a terceira maior população gamer de todo o mundo. “A gente tem mais de 60 milhões de jogadores, e com um faturamento que ainda pode crescer muito,” disse Tavares. De qualquer forma, tais números apontam para um crescimento significativo do mercado de jogos, que só tende a aumentar nos próximos anos.

Diferentes plataformas

Os games de hoje em dia não se resumem aos jogos que usam consoles, já que smartphones e tablets também tornaram-se plataformas virtuais perfeitas para se jogar, independente de onde você se encontra.

 

Os dispositivos móveis já conseguiram ultrapassar os consoles, chegando a faturar uma receita mundial de 36,9 bilhões de dólares ao ano. Os consoles, por sua vez, movimentam uma média de 47,9 bilhões de dólares, enquanto games de PC, download via navegador, geram, mais ou menos, 35,7 bilhões de dólares.

Crescimento exponencial

Segundo a 19ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia da PwC, o mercado de games tende a crescer por volta de 5,3% até 2022. Só com os jogos de celulares, o faturamento mais que dobrará, passando de 324 milhões de dólares, em 2017, para 878 milhões de dólares, daqui a dois anos.

 

Para tal resultado, foram utilizados dados de 15 segmentos do setor, em 53 países. A receita global, de acordo com o censo, deve chegar a 2,4 trilhões de dólares em 2022. Em 2017, foram registrados 1,9 trilhão de dólares.

 

A pesquisa aponta, ainda, que os segmentos que mais vão crescer nesses próximos dois anos serão os de publicidade digital e games, com uma média anual de 12% e 15%, respectivamente. Tais resultados demonstram o quanto um universo que era tido como “brincadeira de criança” tem se tornado algo cada vez mais sério, e lucrativo.

 

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